Despedimento coletivo de 146 trabalhadores da Eurest

Moção

aprovada pelos trabalhadores da Eurest em greve concentrados à frente dos escritórios do Porto da empresa no dia 26 de março de 2021

Considerando que:

  • A Eurest concretizou recentemente um despedimento coletivo de 116 Trabalhadores;
  • A Eurest iniciou um novo processo de despedimento coletivo de 146 trabalhadores;
  • A Eurest tem um volume de negócios superior a 100 milhões de euros anualmente;
  • A Eurest dá milhões de euros de lucro todos os anos;
  • O Estado tem posto à disposição das empresas apoios para manter o emprego;
  • A Eurest recebeu apoios do Estado neste período de pandemia;
  • Não há nenhum motivo para a empresa recorrer a despedimentos coletivos;
  • O motivo alegado pela empresa da covid-19 é temporário e circunstancial e por isso não é motivo fundamentado para despedir;
  • A principal atividade da Eurest é a exploração de contratos de prestação de serviço de refeições;
  • Mais nenhuma empresa do setor das cantinas, refeitórios ou bares recorreu a processos de despedimento coletivo;
  • A Eurest, se entende que tem trabalhadores a mais numa unidade, basta não concorrer a novas concessões para os contratos se transmitirem para as empresas que ficarem com a concessão;
  • A Eurest alega ter trabalhadores a mais em algumas unidades, mas isso não é verdade, aliás até tem trabalhadores a menos, face à crise sanitária e às tarefas acrescidas de higienização e desinfeção que está obrigada;
  • A Eurest alega não ter postos de trabalho alternativos nas zonas das unidades afetadas com a medida, mas nada mais falso, pois continua a contratar centenas de trabalhadores a termo através de empresas de trabalho temporário para o mercado escolar e para outras cantinas e bares que explora;
  • A Eurest instalou um clima de intimidação e medo nos locais de trabalho, de grande instabilidade social, de assédio, de ameaças constantes de despedimento, fazendo circular informação de existência de novas listas de trabalhadores a despedir.

Assim, os trabalhadores da Eurest em greve, concentrados frente aos escritórios do Porto da empresa, exigem a anulação imediata do processo de despedimento coletivo em curso e que a empresa ponha termo ao clima de assédio, intimidação e medo instalado nos locais de trabalho.

Porto, 26 de março de 2021

Os trabalhadores

STATUSVOGA E IPP FALTARAM NOVAMENTE A REUNIÃO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO

A empresa Statusvoga, Ld.ª, que explora o serviço de refeições das cantinas e bares do Instituto Politécnico do Porto (ISP, ESS, ESSE, ESMAE, ISCAP e outros) emprega mais de 50 trabalhadores, faltou hoje a uma reunião promovida pelo Ministério do Trabalho a pedido do sindicato. O IPP, convocado também para a reunião, também faltou. As mesmas entidades já tinham faltado a duas reuniões anteriormente, convocadas para dias 10 e 22 do corrente.

A empresa deve 50% do subsídio de Natal e deve também os salários de janeiro e fevereiro aos trabalhadores.

A Autoridade para as Condições de Trabalho “acompanha” a situação da empresa há cerca de um ano e nunca lhe aplicou nenhuma coima, pelo menos que o sindicato tenha conhecimento.

No passado dia 16 do corrente, a Statusvoga comunicou aos trabalhadores que, face à situação económica difícil, resolveu o contrato de exploração do serviço de refeições que tinha com o IPP e que os trabalhadores passariam para o IPP no dia 1 de abril, comprometendo-se a pagar em breve aos trabalhadores os salários que estão em atraso.

Face à ausência das duas entidades na reunião de hoje, o Ministério vai convocar nova reunião.

Entretanto, os trabalhadores decidiram realizar uma concentração de protesto no próximo dia 30 do corrente, a partir das 8:30 horas, junto à sede do IPP, na Rua Roberto Frias, no Porto, onde será dada uma CONFERÊNCIA DE IMPRENSA, PELAS 9 HORAS, para denunciar publicamente a situação.

Porto, 24 de março de 2021

                                                                              A Direção

CONTINENTAL MABOR PROÍBE ENTRADA DE SINDICALISTAS

CONTINENTAL MABOR PROÍBE ENTRADA DE SINDICALISTAS

A empresa Eurest, Ld.ª, que explora a cantina e o bar da Continental Mabor, tem em curso um despedimento coletivo de 146 trabalhadores.

A FESAHT convocou uma greve a nível nacional para dia 26 do corrente mês para protestar contra este despedimento ilícito e violento da Eurest.

O sindicato está a promover plenários de trabalhadores nos locais de trabalho para esclarecer e mobilizar os trabalhadores para a greve e concentração de protesto que terá lugar no mesmo dia, pelas 10 horas, nos escritórios da Eurest, na Avenida Sidónio Pais, n.º 379, no Porto.

Hoje, pelas 14:30 horas, quando o dirigente sindical se apresentou na portaria da Continental Mabor para realizar o plenário com os trabalhadores da cantina e do bar da Eurest, foi impedido de entrar. Segundo o segurança de serviço na portaria, a Continental Mabor não aceita a entrada de sindicalistas das empresas prestadoras de serviços na fábrica.

Já não é a primeira vez que a Continental Mabor proíbe a entrada de dirigentes sindicais da hotelaria na fábrica.

Ora, o direito à atividade sindical na empresa é um direito fundamental, garantido pela Constituição da República Portuguesa.

O sindicato não se conforma com esta flagrante ilegalidade, já comunicou a situação à Autoridade para as Condições de Trabalho e vai insistir na realização da reunião com os trabalhadores.

Porto, 22 de março de 2021

                                                                              A Direção

Statusvoga com salários em atraso

STATUSVOGA, COM OS SALÁRIOS EM ATRASO A 50 TRABALHADORES,

FALTOU A REUNIÃO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO

A empresa Statusvoga, Ld.ª, que explora o serviço de refeições de 8 cantinas e bares do ISEP- Instituto Superior de Engenharia do Porto, e emprega mais de 50 trabalhadores, faltou hoje a uma reunião promovida pelo Ministério do Trabalho a pedido do sindicato.

A empresa deve 50% do subsídio de Natal e os salários de janeiro e fevereiro aos trabalhadores.

A Autoridade para as Condições de Trabalho “acompanha” a situação da empresa há cerca de um ano e nunca lhe aplicou nenhuma coima, pelo menos que o sindicato tenha conhecimento.

Esta empresa não respeita os direitos, impos um clima de intimidação e medo no seio dos trabalhadores e, recentemente, chamou a PSP para expulsar à força duas trabalhadoras do seu local de trabalho.

Face à ausência da empresa nesta reunião, o sindicato requereu nova reunião ao Ministério do Trabalho, desta vez, com a presença do ISEP.

Porto, 10 de março de 2021

                                                                              A Direção