Os mais de 150 trabalhadores da Casa de Saúde da Boavista sentem-se desprotegidos, sem formação e mal informados sobre o atual quadro epidémico, metem baixa ou dobram a medicação para conseguirem trabalhar.

Existem pelo menos 16 trabalhadores infetados, as medidas de proteção são insuficientes, não há informação nem formação e os trabalhadores estão sofrem em silencio, estão com medo e a entrar em pânico.

Os trabalhadores dizem que a empresa fez uma reunião no passado dia 4 do corrente com as auxiliares de ação médica de alguns pisos e informou que não queria ninguém a trabalhar sem fazer o teste ao covid-19, que o teste custava 120 euros, que a empresa pagava 60 e os trabalhadores outros 60 euros.

Ora, esta exigência é ilegal.

Alguns trabalhadores foram fazer o este pagando os 60 euros, mas a empresa não os dispensou do serviço durante 24 a 48 horas, mandou-os logo trabalhar.  Uma auxiliar acusou positivo e só depois foi mandada para casa.

As auxiliares de ação média usam batas brancas, verdes, amarelas e comuns, conforme os casos. Quando mudam de serviço mudam de bata, mas não tomam banho nem mudam de calçado.

As viseiras são colocadas em cima do cacifro depois de serem usadas, podendo infetar outros trabalhadores.

As auxiliares de ação médica usam máscara, mas não usam luvas.

As trabalharas das outras aéreas da unidade de saúde umas vezes usam máscara e luvas outras vezes não.

Há trabalhadores que já meterem baixa com receio de ser infetados.

Há trabalhadores que já dobraram a medicação para conseguirem ir trabalhar.

O sindicato já protestou junto da empresa e deu conhecimento da situação à DGS e à ARS Norte.

Porto, 7 de abril de 2020

                                                                                              A Direção