A BK Portugal, S. A., dona da marca Burger King, não respeita direitos fundamentais dos trabalhadores, havendo lojas, como é o caso da do Centro Comercial Espaço Guimarães onde os trabalhadores nem balneários têm há mais de seis meses, não têm cacifos para guardar a roupa, são obrigados a mudar de roupa no escritório da loja, sem condições mínimas e a usar as casas de banho do público.
A empresa tem os sapatos no inventário, mas não fornece os mesmos aos trabalhadores, estes são obrigados a comprar sapatos da tipologia que a empresa exige com os seus magros salários que auferem, sem serem obrigados por Lei a tal.
As escalas de horário não asseguram estabilidade, são alteradas de um dia para outro, os trabalhadores são impedidos de conciliar a sua atividade profissional com a vida pessoal e familiar, não são facilitados os horários aos trabalhadores-estudantes que saem do serviço às 23:30 horas e que têm de estar na escola às 9 horas do dia seguinte, os trabalhadores não são consultados na elaboração e alteração dos horários, nem os delegados sindicais, conforme a Lei obriga. Há situações onde também não é respeitado o intervalo mínimo de descanso de 10 horas de um dia para o outro.
Os trabalhadores queixam-se do ambiente do trabalho e de discriminação nas promoções e carreiras.
Quando os trabalhadores reclamam das condições de trabalho, a empresa retalia, hostiliza, cria ambiente intimidatório, dá-lhes os piores horários, obriga-os a fazer limpezas às quais não estão obrigados, etc.
A empresa não assegura as 40 horas anuais de formação profissional, a pouca formação que dá é fora do horário de trabalho, a partir de casa, mas não paga as respetivas horas.
A empresa não paga o trabalho suplementar, mesmo depois de reclamado, e há situações em que o trabalho suplementar não é registrado devidamente.
A empresa não tem quadro nas lojas para a afixação da informação sindical, violando a Lei.
A empresa paga salários muito baixos, há trabalhadores com os salários congelados há anos, o sindicato propôs à empresa um salário mínimo de 1.000,00 euros mas a empresa recusou qualquer negociação, remetendo para a associação patronal AHRESP, mas esta ainda não apresentou qualquer proposta de aumentos salariais para 2024.
O sindicato insistiu na marcação de uma reunião, mas empresa nem se dignou a responder.
O sindicato já denunciou a situação junto da ACT e vai solicitar uma reunião ao Ministério do trabalho com a empresa.
Porto, 28 de março de 2024
A Direção