A direção do sindicato enviou hoje um e-mail a todos os hotéis da região Norte a reclamar que estes completem o salário de abril aos trabalhadores que estão em regime de lay-off e, por isso, reponham os 33% do salário reduzido, pagando 100%.

O sindicato fundamenta o seu pedido alegando que os salários praticados no setor da hotelaria são muito baixos; que a aplicação do lay-off a estes trabalhadores representa uma redução brutal do rendimento mensal; que o setor viveu uma situação económica excelente durante os últimos 8 anos, com um aumento exponencial de dormidas e receitas; que os preços dos serviços de alojamento e restauração foram sucessivamente atualizados todos os anos, muito acima da inflação registada; e que, por isso, devem completar o salário dos trabalhadores em regime de lay-off, para minimizar a sua frágil e aflitiva situação.

Entretanto, continuam a chegar denúncias de empresas que não pagaram o salário de março, a saber:

– OSTRAS E COISAS, não pagou o salário de março aos seus 26 trabalhadores;

– RESTAURANTE BRITO CAPELO, não pagou os salários de fevereiro e de março aos seus 14 trabalhadores;

– RESTAURANTE 31 DE JANEIRO, não pagou o salário de março aos seus 11 trabalhadores;

RESTAURANTE MUDA, não pagou o salário de março aos seus 8 trabalhadores;

MBRASA, não pagou o salário de março aos seus 8 trabalhadores;

CONFEITARIA ESTRELA, não pagou o salario de março aos seus 8 trabalhadores;

RESTAURANTE DAVILINA, não pagou os salários de fevereiro e de março aos seus 6 trabalhadores;

– RISTORANTE PIZZERIA PAPILLONI, não pagou o salário de março aos seus 3 trabalhadores;

BAR CLIPE, não pagou o salário de março aos seus 3 trabalhadores;

RN – RESTAURAÇÃO, não pagou o salário de março aos seus 3 trabalhadores;

TAXCA, não pagou o salário de março aos seus trabalhadores;

– AKI PÂO, a empresa não entregou qualquer carta aos trabalhadores informando que requereu lay-off, mas no recibo de vencimento de março fez um desconto alegando lay-off.

Entretanto, o sindicato tomou conhecimento que algumas empresas onde foi reclamado pelo sindicato o pagamento em falta ou denunciado publicamente, pagaram os salários que deviam aos trabalhadores, o que comprova que vale sempre a pena, reclamar, protestar, denunciar, combater as ilegalidades.

Porto, 20 de abril de 2020                                                A Direção